quarta-feira, 29 de setembro de 2010

OVNI

Plena noite de dia 27, um dia que, para nosso espanto correra sem sobressaltos na morada.
Pairava uma enorme calma no quarto e, em associação ao cansaço, antecipava uma bela noite de repouso (ou será que não?...)
Angélica, mal se colocou na posição horizontal, como que por magia adormeceu, mas a consciência de Maria Madalena mostrava-se algo relutante em apagar. Subitamente, como que uma brisa se levantou e destraiu Maria Madalena dos seus devaneios. Ruídos provenientes da varanda do quarto deixaram Maria Madalena sobressaltada e o seu organismo preparou-se para tomar uma reacção: acordar Angélica.
Quase em surdina, repetiu "Angélica, Angélica..." sussurando, com o intento de fazer o mínimo barulho possível (não fosse estar algum intruso do lado de fora que se sentisse descoberto).
Angélica, ainda mal disperta do seu primeiro sono, ficou assustada. O ruído continuava e Maria Madalena aproximou-se, para analisar melhor o som precepcionado.
O som, inicialmente associado à presença de uma pessoa, era sem dúvida produzido por algum organismo vivo, mas a primeira hipótese fora descartada (os ramos da árvore que poderiam servir de passagem até à varanda mal sustinham um pardal, de tão finos que eram; como seria possível ter um intruso humano que não tivesse entrado pela porta principal?...).
A luz foi finalmente acesa, tentando desvendar o mistério de tal presença. E, qual não é nosso espanto quando uma enorme borboleta (traça?...) abre as suas grandes asas e esvoaça por detrás da cortina.
"Ai!"- excalmou Angélica.
"Raid!"- gritou Maria Madalena.
E, no instante seguinte, a pobre criatura passara à história...

Sem comentários:

Enviar um comentário