sábado, 25 de setembro de 2010

O Baú

Bagagens para desemalar, um quarto espaçoso.
Um enorme roupeiro que só pelas portas é um luxo! (ou será que não?...)
Dois espelhos com mais de 2m de altura.
Pois, como é do senso comum: não há bela sem senão... Quando o abrimos eis que um grande baú ocupa a maioria do espaço.
Já tinhamos sido prevenidas da existência deste espécime raro, mas não era de todo como o tinhamos imaginado.
Maria Madalena logo recordou malões semelhantes que os seus bisavós tinham...
Angélica repetia "Bem... isto dava para ter um morto aqui dentro!"
Mas nenhuma conseguiu pensar em algum proveito para a relíquia.
Como se não bastasse, no interior (forrado a papel!) já havia alguma deteriorização e isto foi o que as levou a tomar uma decisão drástica: tirá-lo do quarto o mais rápido possível! (não fosse ele ter traças ou bichos-da-prata escondidos algures)
A muito custo, aproveitando cada milímetro da casa, conseguiram exilá-lo na dispensa, o lugar das coisas com as quais não queremos conviver diariamente.
Não podia ter sido mais à medida. Mas a nossa proeza foi digna de relevo, a própria Tia, quando foi informada do sucedido, não teve reservas em dizer que se tratou de algo digno dos registos do Guiness.
E assim lá ficou, recheado de outras relíquias de estimada utilidade...

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