segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Calafetagem

Numa bela tarde de Outuno, mas que mais parecia uma linda tarde de Primavera, Angélica que havia saído mais cedo da faculdade decidiu aproveitar a tarde para organizar os seus apontamentos académicos. Como o dia estava bonito lá fora e o canto dos pássaros enaltecia ainda mais o mesmo, Angélica decidiu puxar as cortinas e abrir a porta da varanda da sala. A luz entrou pela sala, o ar purificou-a e o ambiente era de um êxtase há muito não sentido por estas bandas... nada fazia antever o que viria a acontecer!

Maria Madalena, que regressava de mais um árduo dia de trabalho, cansada e já sem forças, ligou a Angélica a anunicar a sua chegada ao lar doce lar (ou então não!). Angélica, a fim de evitar mais danos nas  estruturas e equipamentos decide fechar a dita porta da varanda. Mas, nem tudo corre pelo melhor!!

Angélica depara-se com mais uma tarefa quase impossível, conseguir fechar  a porta! É então que chega Maria Madalena, que estranha a aflição e as gargalhadas de Angélica. Após Angélica lhe explicar a situação, Maria Madalena mais uma vez desdramatiza a situação.

Mas como não há 2 sem 3, mais uma vez Maria Madalena enganou-se no que diz respeito ao grau de dificuldade que a tarefa envolvia...

Maria Madalena recorreu à sua réstia de forças para executar a tarefa de fechar a porta, mas esta parecia não sofrer influência das forças e insistia em permanecer aberta, sem se mover nem 1 cm.

Perante o insucesso na tarefa, as duas raparigas tiveram de passar para um plano mais drástico. Foi então que tiveram a brilhante ideia de efectuar um processo de fusão de forças e, enquanto uma empurrava a porta pelo lado de fora da varanda, a outra puxava a mesma dentro de casa. Até aqui o nosso plano parece exequível e de extrema facilidade... mas como colocar um elemento do lado de fora, fechar a porta e retirar esse mesmo elemento do exterior? Este foi o nosso grande dilema...

Mas à semelhança do que se passa na vida quando se fecha uma porta abre-se sempre uma janela! No caso foi preciso um pouco mais, mas nada que uma bela cadeira de verga ( velha e já zambareta) não resolvesse. Cadeira aqui, cadeira ali e eis que o acesso entre a sala de estar e a varanda ficou facilitado. Maria Madalena pulou para o lado de fora, dando o máximo das suas forças para que esta função fosse bem sucedida, enquanto Angélica já lhe passava a cadeira para o lado de fora de modo a que ela pode regressar para o seu acolhedor lar.

Peripécias à parte, a porta ficou fechada ( ou quase!), ninguém ficou do lado de fora... mas como não há bela sem senão, desde esse dia a nossa casa beneficia de ventilação natural, todo o dia..e a toda a hora!

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